quarta-feira, 18 de junho de 2014

Existe um poema de Neruda que eu gosto bastante, e um dos versos que ficou comigo desde a primeira vez que eu li diz assim: "Es tan curto el amor, y es tan largo el olvido." É um verso que eu relacionei aos meus momentos mais tristes, quando eu precisava saber que outra pessoa tinha se sentido exatamente do mesmo jeito. E quando a gente está tentando seguir em frente, os momentos que sempre voltam não são os mundanos. Eles são os momentos que você viu faíscas que não estavam realmente lá, sentiu estrelas se alinhando sem ter qualquer prova, viu o seu futuro antes de acontecer, e então o viu escapar sem qualquer aviso. Estes são momentos de esperança, extrema alegria, paixão intensa, pensamento positivo e, em alguns casos, de decepção. E, na minha mente, cada uma dessas memórias parecem a mesma para mim. Eu vejo todos esses momentos brilhantes, ardentes, vermelhos. As relações vermelhas. Que passam de zero a cem quilômetros por hora e, em seguida, atingem um muro e explodem. E foi horrível. E ridículo. E desesperado. E emocionante. E quando a poeira baixa, você percebe que é algo que você não gostaria que voltasse. Mas sempre há algo a ser dito por ser muito jovem e estar sentindo tanto a falta de alguém ou sobre pular de cabeça sem medir as consequências que isso lhe trará. E há alguma coisa a ser aprendida todos os dias pela espera de um trem que nunca chega. E há algo de que se orgulhar sobre seguir em frente e perceber que o verdadeiro amor brilha fortemente, e não se desvanece ou está sempre em combustão. Talvez eu escreva sobre outro tipo de amor, se eu encontrá-lo. Mas isto é sobre o amor que foi perigoso, triste, bonito, e trágico. Mas acima de tudo, sobre o amor que foi vermelho.

Red; Prologue

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Eu tenho uma casa que falta móveis e vive bagunçada – mesmo que eu passe a madrugada arrumando. Tenho um caderno de anotações na cama que me faz companhia toda noite. Quando eu penso-penso-penso e não entendo, pego a caneta, tiro a tampa com a boca e escrevo. A maior parte das coisas é bobagem. Algumas delas eu deveria tratar em terapia. O resto só alguém que eu ainda não conheço entenderia.
Eu tenho uma penca de assuntos não pendentes e trabalhos para terminar. Mas acho que eu gosto um pouquinho desse sentimento de pendência que ocupa e preenche aquele velho vazio. Meus textos não seriam meus textos sem meus dramas, então, não me desfaço deles tão rápido facilmente. Lidar com a dor é algo que me faz sentir viva. Mesmo que isso quase me mate.
Às vezes eu ainda digo bobagens e sou contraditória, mas Deus me livre de ser sempre tão correta. Tenho uma estante na sala cheia de livros que ainda não li, mas sempre que vou a livraria, não resisto, compro mais três. Acho que é porque eu gosto de saber que existem novos títulos ali, me esperando, para quando eu estiver pronta para cada um deles. Porque eles me entendem e esperam. Porque eles não vão fugir.
Eu tenho um monte de sonhos novos. Tenho também um monte de emails não lidos, ligações não atendidas e coisas para resolver. Coisas que só dependem de mim, mas eu ando precisando de um tempo. Porque essa pressão tem deixado meu corpo no automático e minha alma no silencioso.
Eu tenho uma gaiola de costelas que protegem o meu coração. É tão frágil. Se eu estiver distraída com os fones, um ônibus pode me atropelar. Não existe nenhuma garantia. Não há nenhum contrato. As letras miúdas diziam que a felicidade é uma questão de ponto de vista, mas eu não sei direito se consigo alcançar.

-B.V

terça-feira, 23 de abril de 2013

Quando você tá triste, o copo inteiro dói. Como se tivesse mais de um coração.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"E aí eu marco três consultas
Antes de adoecer
E aí eu faço um estardalhaço
Só pra ter o que fazer"

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

I'm pushing everyone away, 'cause I can't feel this anymore.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Às vezes me consolo da minha própria chatisse extrema... Pensando em pessoas que eu gosto e imagino serem igualmente chatas e de temperamento instável, tipo Roger Waters, até me dar conta que ele é dono de uma das minhas bandas preferidas e portanto PODE se dar ao luxo. Já eu sou apenas um sub produto da era digital.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

E eu não quero outro lugar pra cair. Porque trocar sonhos por planos parece mais fácil, mas o que se carrega por dentro nunca morre.