quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ainda assim, do lado de cá da ponte, me sinto como um flamingo em meio a um monte de pombos. Exatamente como um E.T. Mas eu não vou e nem quero mudar em vão.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Uma pessoa com o coração partido, o seu tempo é diferente do de qualquer outra pessoa. O tempo se move a um ritmo completamente diferente do outros. É essa dor emocional, física e mental e esse sentimento de conflito que parece não passar nunca. Nada tira isso da sua cabeça. E é tão difícil ter que acordar e levantar quando se tem um aperto no peito, um nó na garganta e uma vontade imensa de chorar. É tão difícil ter que levantar a cabeça pra ninguém perceber. É tão difícil estar sem paciência pra nada e ter que estar atenta a tudo. Então vem a parte mais difícil, a de ter que criar novos hábitos. Se acostumar a não falar mais com aquela pessoa sempre que sentir vontade ou saudade, se costumar a ir dormir sabendo que não vai ter mais aquela mensagem ao acordar. Estar com o coração partido é fazer um buraco no teto e encarar essa chuva de granizo disfarçada de dor.

sábado, 5 de junho de 2010

E eu continuo a desperdiçar o tempo como se ele fosse infinito. Tô aqui, cada dia mais caramujo (esse o qual se esconde de todos os medos, da vida, do mundo, do futuro). Tô cada dia mais séria e mais quieta (apesar de precisar, urgentemente, ficar mais quieta ainda). Às vezes, do nada, sinto medo de uma coisa muito boba... E isso me dá a certeza de que algo daquela menina ainda existe. Um dia acordar e não mais me sentir como um caramujo. Queria ser como as borboletas.