sábado, 12 de dezembro de 2009

[...]

sábado, 14 de novembro de 2009

E olhando umas fotos antigas, em meio a nostalgias e tal, percebi como o tempo passou rápido, praticamente voando! Não que eu precise de algum artefato pra me dar conta disso, mas é que as coisas andam tão a mil que só mesmo um momento de reflexão intensa preu me dar conta que já durmo sozinha e com as luzes apagadas. E que já não dá mais pra sair por aí pixando a parede do colégio ou o muro da vizinha. E por mais que você não queira, as responsabilidades começam a aparecer, daí você descobre que não dá pra ser o garoto da roupa verde a vida toda (se bem que quando eu era criança eu queria ser a Sininho, mas isso já é outra história). E surge uma autocobrança que só quem sabe aonde quer chegar entende.
Quando olho ao meu redor, vejo garotas da minha idade que se comportam como verdadeiras meninas de 12 anos, já outras aparentam ter vivido anos a fio. E eu pareço estar ali, exatamente no meio, entre o pôr-do-sol e o amanhecer, vendo a felicidade como estrelas que inundam o céu noturno da infância. E eu só quero mais e mais estrelas. Eu não quero amanhecer... Mas aí o mundo lá fora, que às vezes te faz ficar presa na toca por que você o considera impiedoso e faminto, te grita de forma violenta e avassaladora que tá mais do que na hora de sair do casulo: ENLOU-CRESÇA!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Apesar de super cansada, dormi muito mal. Acordei no meio da noite e não consegui mais pegar no sono. Comecei a pensar em todo desentendimento que ainda perdura e foi inevitável deixar algumas lágrimas escaparem. Eu sabia que devia ter ido, mas sabia também da complicação que seria e eu já não aguentava mais aquele clima de hostilidade. Comecei a me perguntar quando é que tudo isso vai passar e não consegui achar previsão alguma... Tentei pensar em coisas boas, o que me fez lembrar daquele abraço... E Pensar naqueles gestos leves, complexos e simples, fez com que de forma tranqüila e lânguida meu sono fosse chegando. Até que o dia foi amanhecendo e finalmente eu consegui dormir. Quanto aos problemas, bem, essas cofusões de familía, eu nunca entendi direito, mas percebi que talvez me vejam pequena demais pra opinar no que seja melhor pra mim. Mal sabem eles que eu já estou pronta pra muitas coisas, inclusive decidir sobre minha vida.

domingo, 8 de novembro de 2009

. . .

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Andei um bom tempo analisando tudo: todos os defeitos, atitudes, erros, tropeços e enganos. Percebi que não cabia ali naquele espaço que criei e que aos poucos me sufocava, me arrastando pra um cenário estarrecedor que por conhecer bem, às vezes, me assusta. Quando dei por mim, me vi perdida: sem mais aquilo que deixei pra trás e sem mais aquilo que almejei. Mas apesar de tudo, eu tenho planos, mesmo sabendo que plantar sementes requer paciência. Não sei o que o futuro me reserva e o presente sempre me conduz a situações inusitadas e sentimentos desconhecidos. Novos caminhos e novos sorrisos talvez seja uma maneira de seguir em frente ou fugir de algo que só cabe ao tempo levar, mais ninguém.

sábado, 24 de outubro de 2009

Às vezes preciso de um subterfúgio que me liberte da apnéia e da falta de ar que me consome. Eu não sei dizer o que se passa em mim, mas é como se tudo ao meu redor fosse pequeno demais e o que eu quisesse estivesse longe.  Por aqui nenhum rosto parece com as minhas ideias e a vulgaridade explícita das pessoas só acentua ainda mais essa minha indiferença. Todos me cobram respostas que eu não sei dar e não tenho previsão de quando elas estarão prontas. Usar o que se tem pra ser feliz é o mesmo que desprezar o que não se pode ter. E fazer isso é deixar o copo sempre meio vazio. Velhos brinquedos já não me iludem.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Noite passada custei a dormir, mesmo depois de ler, escrever, estudar, ouvir música, contar carneirinhos, enfim, me senti lutando contra mim mesma: enquanto os olhos pesavam, a mente vagava por respostas, projetos, propostas, lembranças... lembrei de um tempo em que eu era bem pequenininha e o colo do meu pai era a solução pra tudo. Ele me abraçava, me beijava a testa e dizia que tudo ia ficar bem, que eu não precisava ter medo, ele estava ali comigo. E a dor passava, o medo ia embora... Era como se um único olhar dele bastasse, numa espécie de mágica... Hoje, não tenho mais aquele abraço, aquele beijo na testa, aquele "tudo vai ficar bem". Mas ainda amo a gravata cinza, o cachorrinho de pelúcia do carro, as praias de quarta-feira, os lanches, aquele colo que era a solução pra tudo... São lembranças boas dele que eu quero ter sempre comigo.
Só depois de remexer no passado e ter chorado bastante, finalmente consegui dormir, pois sabia que manhã seria outro dia. O tempo passa, a gente cresce e percebe que se soubessemos que certas coisas iriam desaparecer tão rápido, teríamos dedicado mais tempo a elas.